Cientistas britânicos pretendem imitar os
famosos buracos negros em uma recriação laboratorial, como parte de um projeto
de £2,35 milhões (cerca de 7,7 milhões de reais) que estuda o modo como matéria
e energia interagem.
Simplificadamente, um buraco negro é um corpo celeste de
massa muito grande para o espaço que ocupa, resultando um campo gravitacional
tão forte do qual nem sequer a luz pode escapar.
O buraco negro ocorre em condições normais, quando uma
estrela não possui mais pressão suficiente para produzir uma força para fora
que contrabalance o peso de suas camadas externas. "Essas camadas caem
sobre as internas produzindo uma implosão que dá origem ao fenômeno", diz
a astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Thaisa Storchi
Bergmann.
A equipe da Heriot-Watt University, na Escócia, pretende recriar
as condições formadas ao redor de um buraco negro. O projeto tem como objetivo investigar
como a matéria e a energia interagem. Para isso, os cientistas irão produzir um
laser que produz 100 pulsos por segundo. A energia de cada pulso é medida em
trilhões de watts, aproximadamente 10 mil vezes a energia de uma usina nuclear.
"O que estamos criando é a mesma estrutura no
tempo-espaço que caracteriza um buraco negro. Mas estamos fazendo isso com
pulsos de luz, portanto não teremos, na verdade, a massa associada aos tais buracos
no firmamento", diz a líder da pesquisa, Daniele Faccio.
Ela ainda diz que o projeto é seguro, já que esses pulsos não
geram a massa associada aos buracos negros. Além disso, para se criar um buraco
negro, é necessário uma estrela em colapso, algo que eles não possuem, sendo
impossível de sermos sugados para o interior desses buracos feito em laboratório.
Além deste estudo, a equipe também está desenvolvendo uma
pesquisa sobre física quântica, que analisará como um fóton e um
elétron se comportam entre si em um chip de informática.
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